A pesquisadora Maria Laura Gutiérrez, em sua dissertação em Psicologia Clínica apresentada na Universidade de São Paulo, em 2011, trata de estudo da atuação das imagens das Madonas em clínica psicológica e seu impacto na saúde.
“A partir de um processo desenvolvido em relação ao estudo, à contemplação e aos trabalhos de pintura, desenho e modelagem com as imagens de Madonas, esta dissertação busca estudar a atuação do trabalho com estas imagens na alma do homem contemporâneo, seu valor terapêutico e sua relação com a saúde. O estudo é qualitativo e interdisciplinar com interfaces na filosofia, religião, arte, história da arte e psicanálise. As imagens das Madonas parecem recolocar e questionar o mistério do nascimento, o mistério da vida humana, o mistério da relação com o outro e o mistério do divino no homem.
Esse trabalho de pesquisa foi realizado por meio do vértice fenomenológico, como proposto por Pavel Florensky. A pesquisadora investigou as imagens por meio dessa perspectiva e realizou sobre cada uma delas versões de sentidos. Em seguida, o trabalho prossegue por meio da investigação do uso das imagens em situação clínica.”
O objetivo deste estudo é descrever o referencial teórico-metodológico da prática de humanização e promoção à saúde por meio de um programa de rodas de contação de histórias e apresentar uma síntese dos resultados das fichas de avaliação.
O programa é desenvolvido pela Casa do Contador de Histórias (CCH), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público criada em 2003, em Curitiba. O cenário desta prática são nove instituições parceiras sociais, que desenvolvem ações de saúde, algumas vinculadas ao Sistema Único de Saúde e privilegia as práticas alternativas e complementares.
Desde o início dos tempos, o conhecimento era transmitido de forma oral pelos homens primitivos, em volta do fogo. Era o momento em que a experiência era partilhada e a identidade daquele povo reafirmada. A humanidade depositou nas histórias suas experiências e questionamentos. Através delas, cria-se o elo entre o passado e o futuro, preservando a memória e transmitindo as descobertas de uma geração para a seguinte.
Ao olharmos para trás, para a evolução da humanidade de uma forma teórico-histórica, estaremos fazendo uma observação superficial da realidade. Se conseguirmos olhar de uma forma a sentir historicamente antigas épocas da civilização humana, iremos perceber que o surgimento desta está ligado ao sentir religioso, o observar artístico e o conhecer conceitual e ideal que até a Grécia encontravam-se unidos, numa união harmoniosa entre a Religião, Arte e Ciência. O homem sentia-se como uma cópia, como a imagem do espírito divino que permeia e interpenetra o mundo e até então o conhecimento era procurado no conhecimento de Deus, na origem espiritual primordial atuante no homem.
Muitas pessoas que me procuram para aulas de canto relatam um profundo desejo de cantar e revelam também frustrações com relação a experiências ligadas ao canto que ocorreram em algum momento de suas vidas. O motivo das frustrações, em grande parte dos casos, está relacionado com críticas negativas recebidas na infância, adolescência ou juventude. A reação dessas pessoas é muito semelhante. Simplesmente elas se calam e não cantam mais, temendo novas críticas ou julgamentos.